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CE vai limitar volume de som em leitores portáteis de música

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Os leitores portáteis de música, como os Ipods, estão a levar à perda permanente de audição dos mais jovens. A conclusão é do comité científico da União Europeia, que alerta para o facto da exposição ao volume elevado da música, por um período prolongado, poder provocar danos irreversíveis na audição.

A Comissão Europeia pretende intervir no mercado para proteger a saúde dos cidadãos, através de uma mais apertada regulamentação sobre os níveis de áudio disponíveis nos equipamentos.

«O Conselho Científico independente indica que 5% a 10% das pessoas que ouvem leitores de música apresentam risco de perda de audição, se ouvirem o leitor de música portátil mais de uma hora por dia, semanalmente, com altos níveis de volume durante pelo menos 5 anos. Isto significa 10 milhões de cidadãos europeus. Como reguladores europeus temos o dever de reagir», afirma Meglena Kuneva, Comissária Europeia para a Protecção do Consumidor.

O organismo de normalização da União Europeia vai agora definir novas normas técnicas de segurança aplicáveis aos leitores portáteis de música, como explica a Comissária. «Os novos standards de segurança têm dois requisitos chave. Primeiro, todos os utilizadores de leitores portáteis de música terão definições pré-determinadas para a exposição a limites de segurança. Os novos standards vão garantir que as definições normais nos leitores portáteis de música não o expõem a um risco de audição. O pedido também impõe novos requisitos para avisos adequados para os consumidores sobre os riscos envolvidos».

As normas devem introduzir pequenas alterações técnicas nos leitores de música para garantir que, por defeito, a sua utilização normal seja segura, para além de produzirem avisos que indiquem o perigo quando o valor de nível seguro de volume for ultrapassado.

Na definição das normas, a Comissão Europeia pretende envolver também a indústria. «O pedido, nesta fase, não fornece soluções técnicas detalhadas. Não queremos asfixiar a inovação e a criatividade no sector. É para que a indústria e todos os outros parceiros trabalhem em conjunto nos próximos meses para encontrar ‘soluções inteligentes’ e que assegurem este direito», explica Meglena Kuneva.

A decisão contudo, cabe sempre ao utilizador, por isso, compreender como funciona o sistema auditivo é fundamental. «Como funciona o sistema auditivo? Vou dizer simplesmente, que o som é uma vibração sonora. As vibrações sonoras vão atravessar toda a primeira parte do nosso ouvido, é o canal auditivo externo com o ouvido médio. A vibração é então transmitida ao nível do ouvido interno. Ao nível do nosso ouvido interno nós encontramos no interior, naquilo que chamamos a cóclea, encontramos toda uma série de pequenas células ciliadas, ao redor dos quais vamos encontrar tubos de cílios, e são estes tubos de cílios que são responsáveis pela transformação do som em mensagens, que vão ser interpretadas pelo nosso cérebro», explica Patrick Verheyden, Director do Serviço de Audiologia do Institut Libre Marie Haps, em Bruxelas.

O especialista adianta que, «quando o som chega à cóclea, vai-se propagar através de toda a nossa cóclea, todo o nosso ouvido interno. O som como vibração sonora, essa vibração sonora é maior o que significa que o som aumenta. Quando é extremamente forte, o que é que se vai passar? O som é extremamente forte e vai vir e vai ser um tipo de uma vaga que vai atravessar todo o nosso ouvido interno e vai bater justamente no nível superior aqui da nossa cóclea. Isto vai lá direito, vai subir de grau, que é um grau irreversível ao nível dos pequenos cílios, os pequenos cílios vão ser arrasados por esta vaga, e vão, neste momento, ser completamente desarticulados».

Isto é o que se passa internamente no ouvido quando exposto a altos níveis de som. Para proteger o ouvido, os cientistas indicam uma regra simples.

«O nível do som, que é extremamente importante, que vai atravessar esta parte aqui e vai criar danos, danos irreversíveis ao nível da nossa cóclea. Portanto, o que se vai passar ao nível da pessoa? Ele vai com certeza, ser bem entendido, mas simultaneamente isto vai inserir um som parasita, que é um som que não existe, é um som que ele próprio ouve, parecido com ‘pssiiiiimmmm’, que vai ouvindo constantemente», explica Patrick Verheyden e adianta que, «um conselho que posso dar a uma pessoa que utilize o leitor de música para evitar um traumatismo sonoro, seja a regra 60X60. É o mesmo que dizer para ouvir o leitor a 60 por cento do volume, durante 60 minutos por dia, isto é, o máximo de uma hora por dia».

Para já a Comissão Europeia estabelece que a utilização segura dos leitores portáteis de música depende do tempo de exposição e dos níveis de volume.

A 80 decibéis a exposição deve limitar-se a 40 horas por semana, ao passo que a 89 decibéis, essa exposição não deve exceder 5 horas por semana.

Fonte: Clique Aqui

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