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Rir da gagueira pode ser assédio moral

sexta-feira, 2 de abril de 2010



No Dia Internacional de Atenção à Gagueira de 2009, o Núcleo de Estudos e Pesquisas em Fluência de Fala (NEPFF) desenvolveu o tema "Gagueira e Assédio Moral".

A relação entre gagueira e assédio moral foi desenvolvida com base no livro Assédio Moral - A violência perversa no cotidiano, de Marie-France Hirigoyen.

O assédio moral é mais comumente associado às situações que ocorrem no ambiente de trabalho, mas também existe nas famílias, nas escolas... Quando buscamos a sua definição, percebe-se que muitos gagos passaram/passam por isso.

De acordo com Hirigoyen, entende-se por assédio "toda e qualquer conduta abusiva manifestando-se sobretudo por comportamentos, palavras, atos, gestos, escritos que possam trazer dano à personalidade, à dignidade ou à integridade física ou psíquica de uma pessoa".

Expressões como: "Fale direito! Até um papagaio fala melhor do que você!" ou "Fala logo! Parece um disco arranhado!", entre outros apelidos, comentários, gestos são exemplos de violências verbais ou não-verbais que ocorrem rotineiramente, que humilham e provocam dor, tristeza e sofrimento nas pessoas que gaguejam. Esta humilhação, no contexto social não parece ser tão grave a ponto de merecer atenção para que se fale a respeito. Pelo contrário. Na maioria das vezes, as pessoas em volta da agressão acham graça e se divertem às custas do sofrimento do outro. Em sujeitos que já apresentam dificuldades na fluência de fala, este sofrimento é marcante ao ponto de gerar efeitos importantes na relação que estes desenvolvem com sua fala. Ajuda a gerar ou manter um quadro de gagueira, marcado pela previsão do erro para não ser rejeitado pelo ouvinte.

Em alguns casos extremos, como bullying (veja vídeo) a saída é realmente abrir um processo judicial. Tal atitude faz com que o fenômeno comece a ser trazido à mídia, o que leva a própria sociedade a questionar-se. Por outro lado, acredito, na maioria das vezes a violência não é tão intensa a ponto de haver condições de se abrir um processo. Então, o que pode-se fazer para fugir do assédio? Não existe um modelo universal de atitudes para pessoas que gaguejam poderiam seguir e não serem agredidas ou não se sentirem agredidas. Acredito que o começo de tudo é encontrar dignidade por gaguejar. Quando passamos a nos aceitar, a nos conhecer, a aceitar que a gagueira faça parte da nossa fala, quando damos outros valores a ela, quando mudamos a nossa postura, estamos em condições de exigir que o outro também assim o faça, nos aceite e nos respeite. Muitos que gaguejam se julgam responsáveis pelas agressões sofridas ("Eles riram de mim porque gaguejo", por exemplo), colocar essa responsabilidade como evidência da moralidade (ou falta dela) da parte de quem as cometem é também uma possibilidade para não se deixar humilhar. Atitudes preconceituosas ou de não-aceitação revelam mais sobre a conduta do "agente" das atitudes do que sobre o "paciente".

Para quem desejar ler um pouco mais sobre assédio moral, ou ler a resenha do livro citado acima, ou conhecer um pouco mais da campanha do NEPFF, bem como baixar o power point pode clicar nas palavras em destaque neste parágrafo.

Para melhor visualizar as figuras desta postagem basta clicar sobre elas.

Fonte: Clique Aqui

1 comentários:

Wladimir Damasceno disse...

Olá!
Agradeço pelo interesse pelo texto que fiz, bem como em divulgar a campanha do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Fluência de Fala, da PUCSP, coordenado pela Fga Dra. Silvia Friedman.
Conforme soliciitação, adicionei seu blog/saite em meu blog. Adoraria tbm que fizesse o mesmo com meu blog.
Qual seu email para trocarmos algumas informações?
Abraços!

5 de abril de 2010 às 14:12

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