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A surdez que ataca cada vez mais cedo

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Entre 5 a 10% dos utilizadores de leitores de música portáteis poderão ter perdas auditivas consideráveis se ouvirem música em excesso nesses aparelhos.

Entrar nos transportes públicos e ligar o leitor de MP3 tornou-se um hábito banal nos dias que correm mas, muitas vezes, os utilizadores desconhecem os riscos que correm.

Há jovens com 20 anos com perdas auditivas que seriam de esperar apenas aos 60 e estudos científicos indicam que uma utilização excessiva de MP3 e IPOD’s, durante pelo menos cinco anos, pode conduzir a perdas graves e irreversíveis ao nível da audição.

Ainda assim, há quem não prescinda dos hábitos de sempre, como é o caso de Sérgio Sousa, de 21 anos, aluno do 2º ano do curso de Som e Imagem da Universidade Católica do Porto.

Nas viagens entre casa e a faculdade, Sérgio fez as contas e passa “mais ou menos três horas no metro.
Durante esse tempo levo sempre a música ligada”.

Confessa que por vezes se excede nos decibéis e, além de ouvir música com auscultadores, também tem uma banda de música punk-hardcore.

Os ensaios são “dois a três vezes por semana” sempre à noite. Adormecer nem sempre é fácil: “muitas vezes
fico com aquele zumbido nos ouvidos até à manhã seguinte”, conta.

São comportamentos de risco como este que têm contribuído para o aumento do número de casos de surdez precoce entre os jovens até aos 20 anos.

Foi a pensar nisso que um grupo de alunos do 12.º ano da Escola Secundária do Padrão da Légua, em Matosinhos, desenvolveu um trabalho de área projecto.”Baixa-me esse volume!” não é uma ordem: é um apelo para contrariar a indiferença face aos perigos de uma utilização excessiva dos leitores de música portáteis.

Diogo Borges, um dos autores do projecto, admite que “muita gente ignora esses riscos, sobretudo os jovens, porque pensam que as consequências e os problemas decorrentes de uma má utilização de [leitores] MP3 e iPod só acontecem aos outros”. E na maior parte dos casos, quando se manifestam os primeiros sintomas de surdez, “o problema já é irreversível”, alerta Ana Paula Lopes docente de audiologia da Escola Superior de Tecnologias da Saúde do Porto (ESTSP).

Para esta especialista, “este é um verdadeiro problema de saúde pública”: “vemos pessoas muito jovens na faixa dos 20 anos que têm perdas auditivas que só seriam de esperar aos 60”. E isso terá, necessariamente, consequências “ao nível de perdas auditivas e cognitivas e, no limite, perturbações do foro emocional e neurológico”.

Pais têm de estar alerta Um parecer da Comissão Europeia indica que entre cinco a 10% dos utilizadores de leitores de música portáteis poderão ter perdas auditivas consideráveis se ouvirem música durante mais de uma hora por dia, todas as semanas, com o volume elevado, durante pelo menos cinco anos.

Daí que a sensibilização dos pais seja um factor determinante para que possam dar “aos filhos uma orientação responsável”, diz Lopes.

A professora da ESTSP dá um exemplo: “é agradável ouvir música alto - eu confesso que gosto. Mas tem de ser feito com muito critério. Por outro lado, eles [jovens] têm de perceber que as perdas auditivas são sempre mais rápidas do que se julga. Mas isso não implica que os pais tenham de proibir a utilização deste tipo de tecnologia. O que se deve fazer é incentivar o uso regrado”, conclui.

André Rodrigues e Letícia Amorim

Fonte: Clique Aqui

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