Você já deve ter percebido quanta gente usa fones de ouvido, seja nas ruas, nos ônibus, nos supermercados, academias, durante a caminhada no fim da tarde e até mesmo no trabalho ou na escola. As inovações tecnológicas explodem com novidades a cada 3 ou
4 meses, trazendo novos aparelhos, com mais potência, mais espaço e cada vez menores. À primeira vista, parecem ser apenas benefícios, mas especialistas alertam que há perigos escondidos.
Segundo a Associação Americana de Fala, Linguagem e Audição, o nível de som de um aparelho pessoal, como o MP3 player, chega a 122 decibéis (dB) e, mesmo no volume mínimo, alcança níveis acima dos estabelecidos pela Legislação Federal, que permite que uma pessoa permaneça apenas 7 minutos por dia exposta a sons acima de 115 dB, sem protetores. Para se ter uma ideia, o ruído de britadeiras e jatos chega próximo de 120 dB.
“A exposição a sons intensos é a segunda maior causa de deficiência auditiva. Muito pode ser feito para se prevenir a perda da audição induzida pelo ruído, o que não acontece para reverter os danos já causados”, destaca a fonoaudióloga, especialista em Audiologia Clínica e Ocupacional, Ana Lúcia Sallum. Ela revela que o som em alta intensidade causa sérias lesões às células sensoriais, levando a perdas auditivas irreversíveis. Os fones intra-auriculares, por exemplo, são bem pequenos e ficam em contato direto com o tímpano, que passa a vibrar muito mais do que suporta, causando danos ao nervo auditivo central, órgão que abrange não apenas a audição, mas também o equilíbrio e a coordenação motora.
Os primeiros sintomas são os clássicos zumbidos ou chiados, que podem parecer inofensivos, mas alertam para o início do problema. Outras vezes, causam distorções sonoras. Dores de cabeça, irritabilidade e insônia também merecem a atenção.
O uso de equipamentos estéreos pessoais, geralmente utilizados de maneira inadequada, cresceu muito, principalmente entre adolescentes na faixa etária de 12 a 18 anos. Estudo da revista Espaço Acadêmico, feito em 2006, constatou que um em casa quatro jovens apresenta um déficit auditivo patológico, decorrente de uso de fones e da frequência a casas noturnas. “A perda de audição devido ao barulho é cumulativa, progressiva e resulta da exposição a diversas fontes, que é tão agressiva quanto a exposição, em longo tempo, a poluentes tóxicos”, explica a especialista.
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