O Brasil é hoje um país com importante crescimento da população idosa. No ano de 2020, espera-se alcançar um total de 32 milhões de pessoas, com mais de 60 anos de idade. Este fato, sem dúvida, o integra no panorama mundial de aumento da longevidade humana, que se estende a limites antes impensados.
A perda auditiva associada ao envelhecimento é um fenômeno com alta prevalência na população idosa, podendo levar a uma série de dificuldades na comunicação oral, bem como, muito freqüentemente, na interação familiar e social. A Política Nacional de Saúde da Pessoa Portadora de Deficiência faz referência à literatura internacional, provavelmente pela falta de estudos de base populacional em âmbito nacional, definindo como presbiacusia a perda auditiva devido à idade, que vem sendo apontada como a principal causa de deficiência auditiva nos idosos, com uma prevalência de cerca de 30% na população com mais de 65 anos de idade. A segunda causa de deficiência auditiva nesta população, apontada no mesmo documento, é a perda auditiva induzida por ruído - PAIR.
Definida como um declínio auditivo relacionado à idade, a presbiacusia é considerada por alguns autores como resultante de um somatório de fatores negativos, extrínsecos e intrínsecos, que influenciam o sistema auditivo na população mais velha. Clinicamente, é abordada como um tipo comum de perda auditiva causada por uma degeneração coclear, que afeta principalmente a parte basal da cóclea, prejudicando a percepção auditiva das freqüências altas.
Para Portmann e Portmann, a presbiacusia é um fenômeno biológico a que ninguém escapa, iniciando-se normalmente a partir dos 20/30 anos de idade podendo tornar-se socialmente incômoda a partir dos 40/50 anos.
Avaliação Audiológica e Envelhecimento
A avaliação audiológica da deficiência auditiva na pessoa idosa deve envolver não só os exames objetivos e subjetivos que visam definir os limiares audiológicos do indivíduo, mas também ter um caráter global, avaliando a qualidade do processamento central da informação periférica auditiva, e ainda, considerar a percepção do paciente em relação a sua própria perda auditiva, no aspecto funcional, ou seja, nas suas atividades sociais, familiares e diárias.
Diagnóstico e Intervenção Precoce da Perda Auditiva no Envelhecimento
O diagnóstico e a intervenção precoce da perda auditiva associada à idade são fundamentais para uma boa qualidade de vida do indivíduo idoso. Os estudos e pesquisas nesta área apontam para a possibilidade de uma mudança funcional a partir da plasticidade cerebral, mesmo tratando-se de indivíduos adultos.
A indicação, adaptação e uso do aparelho de amplificação auditiva individual precocemente, ou seja, imediatamente após o diagnóstico de uma perda auditiva de grau leve e/ou moderado, poderá contribuir para a prevenção do aumento do grau de perda auditiva e de outras alterações relacionadas às questões psicossociais do indivíduo com perda auditiva.
ver mais: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-72992007000100021&lng=pt&nrm=iso
Fonte: Clique Aqui
Audiologia do envelhecimento (Presbiacusia)
In Audiologia, In Fonoaudiologiaquinta-feira, 18 de março de 2010
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3 comentários:
Excelente matéria.
18 de março de 2010 às 10:20Gostaria de saber se há algo que se possa fazer para evitar a perda gradativa da audição na idade adulta, ou se isso é normal devido ao envelhecimento do corpo como um todo.
Oi Genilda,respondendo a sua pergunta esta provado cientificamente que a deficiência auditiva em seres humanos evolui conforme a idade, de 35 a 54 anos a perda média é de 4%, entre 55 e 64 anos de 15% e nos individuos com mais de 75 anos passa para 39%.
18 de março de 2010 às 14:06Olha a surdez na terceira idade é possível prevenir! Por mais que a medicina esteja evoluindo e a qualidade de vida dos idosos estejam cada dia melhores como você mesmo deve saber envelhecer é um processo doloroso. A perda de audição na vida adulta acontece não so pelo processo de envelhecimento do corpo, mas também por abusos a saúde auditiva. Mas ainda há muita prevalência de pessoas com perda auditivas em procurar um especialista. Quanto antes diagnosticada, menor será o transtorno. O que ainda se pode fazer é PREVENIR!
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