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A escola e a dislexia

quinta-feira, 11 de março de 2010

Jeny Canela Perosso
Pedagoga – Membro da Academia Feminia de Letras
jenycanela@ig.com.br

A dislexia é um distúrbio e não uma doença como equivocadamente acreditam alguns em função, na maioria das vezes, do desconhecimento da questão. É um distúrbio que retarda o desenvolvimento das habilidades inerentes a todos os seres humanos, mas não o impossibilita. E que pode, se identificados os sintomas, preferencialmente em tempo oportuno, ser perfeitamente superado. Para tanto, é preciso que haja, por parte da escola e dos profissionais que nela atuam o cuidado e a responsabilidade que o conhecimento acerca do referido distúrbio requer no sentido de ser identificado inicialmente como tal, para busca das parcerias a serem deflagradas no âmbito das escolas e dos sistemas educacionais para que todos os alunos possam ser atendidos também nesse quesito.

Ressalta-se que os sintomas mais prováveis da dislexia referem-se a dificuldade que o aluno dislexo apresenta para ler e escrever, como se estivesse desmotivado para o processo de construção do próprio conhecimento. Tal dificuldade representa, na verdade, apenas um tempo diferenciado para a aprendizagem e, muitas vezes, é confundido pela escola e profissionais, como lerdeza e má vontade. Esta confusão gera situações de constrangimentos e desconforto provocando e instigando o paradigma da exclusão social, justificando a aversão que alguns alunos acabam tendo pela instituição escolar, haja vista que o aluno que não é devidamente atendido nas dificuldades próprias da dislexia, sente comprometida a auto estima e acaba ficando a mercê da própria sorte, desafiando escolas e sistemas para enfrentamento de mais esta demanda recorrente cuja identificação é determinante para o desenvolvimento pleno das habilidades e competências inerentes a todos os alunos. Superação esta que também valoriza o paradigma da inclusão social numa subsequente valorização da dimensão humanística do conhecimento que precisa e deve ser, cada vez mais, considerada nos projetos políticos pedagógicos.

Ressalta-se ainda que a identificação de tais sintomas deve ser considerada como uma atitude preventiva fundamental para a sedução dos alunos e exige inferências de profissionais habilitados para tal competência, tais como fonoaudiólogo, pesicopedagogo, pedagogo, psicologo, além do professor que pode, se tiver uma qualificação continuada adequada, ser o primeiro a identificar e sinalizar sintomas que identificam o distúrbio podendo sugerir, a gestão e demais responsáveis, as providencias cabíveis. E que exigem, por sua vez, um trabalho de parcerias e de muita sensibilidade e motivação para que os objetivos educacionais se cumpram a contento e de fato.

Fonte: Clique Aqui

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