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domingo, 4 de abril de 2010

Estamos na Páscoa!

Há 3 semanas atrás recebi em meu consultório - Adriana.
Pouco mais de 30 anos, Adriana veio se queixando de uma dor de cabeça insuportável.
Acreditem, há 23 anos ela tem muita dor de cabeça.
Já fez diversos tratamentos: clínica da dor, acupuntura, ortodôntico, plaquinha miorrelaxante, labirintite, psicologia, neurologia, otorrinolaringologia, já tomou todo tipo de remédio...
Nada melhorou sua dor... Nada!

Me contou que a cabeça dói, dias seguidos, sem parar...
Veio encaminhada pela otorrinolaringologista.
Ah... mas a otorrino não encaminhou para mim.
Encaminhou para a Fisioterapia, porque desconfiou que ela tinha DTM.
Por sorte... por "minha" sorte... Adriana encontrou o meu panfleto pela cidade e me ligou.

Na Avaliação observei que Adriana não tinha uma DTM clássica.
Os sinais e sintomas não se encaixavam.
Não era subluxação, nem deslocamento de disco, ela não tinha bruxismo, nem apertamento, na palpação não tinha dor, nem dor na função...
Durante a anamnese ela me disse 3 coisas muito importantes que foram decisivas na conclusão do meu diagnóstico:
- Dor de cabeça contínua que piorava quando mexia o pescoço;
- Tontura;
- Piora da dor de cabeça ao mastigar.

Sim, pacientes que apresentam bruxismo, ou apertamento têm sim dor de cabeça ao mastigar, mas Adriana não tinha isso.
Fui para casa intrigada com aquilo. Pesquisei, estudei, comprei livros novos... disse à ela que tudo que eu pudesse fazer, dentro das minhas possibilidade de atuação, eu ia fazer.
E fiz!
Fui estudando passo a passo todas as possibilidade e me lembrei de uma aula da faculdade.
Uma aula que eu tive no 5º período... boa memória...

Solicitei que ela fizesse uma radiografia transcraniana.
Pouco usada por mim, mas muito comum entre os dentistas.
Ela fez a radiografia. E eu ví!
Estava lá bem na minha frente a causa de tudo.
A resposta para toda dor... uma dor de mais de 20 anos...

Cautelosamente disse para Adriana que eu precisava confirmar o meu diagnóstico.
Eu não tinha uma radiografia normal para comparar com a dela. Eu precisava ter certeza.
Não podia dar um diagnóstico qualquer, para uma pessoa que tem uma coleção deles.
Procurei um dentista - Dr. Ivaldir, que com muita boa vontade me recebeu e confirmou.
Lá estavam eles.
Sim, eu tinha razão.
Adriana tem a "Síndrome de Eagle". Caracterizada pelo alongamento dos processos estilóides. Dois ossinhos que ficam na base do crânio.
Quando alongados comprimem a artéria carótida, nervos crânios e consequentemente os sintomas. Inevitáveis!

Vocês não imaginam minha felicidade!
Imediatamente remarcamos uma consulta.
Expliquei tudo para a Adriana e ela me disse emocionada:
- Há 20 anos procuro essa luz... essa luz no fim do túnel... só tenho que agradecer... Deus lhe pague!
Não há preço.
Adriana sabe que agora o caminho é longo, mas tem direção.
Só pedi que ela dissesse que a descoberta foi feita por sua Fonoaudióloga, para que saibam, conheçam e valorizem a Fonoaudiologia. Que caia por terra essa idéia de que Fono só cuida de gente gaga e criança que fala errado... para que respeitem essa profissão e acreditem na importância da interdisciplinaridade.

E bem... estamos na Páscoa!
O Ressuscitado, a vida nova, a esperança...
E me vem na cabeça essa canção:

"E nessa procura vou me aventurando
Vou criando asas que me levam longe
É pro alto que eu vou
Coração me leva a desbravar o mundo
Emprestando a luz pra quem está no fundo
Quero iluminar!
E vivendo pra iluminar..."
(Pe. Fábio de Melo)

Feliz Páscoa Adriana!
Feliz Páscoa para todos!

Fonte: Clique Aqui

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