A equipe de implante coclear dos hospitais Pequeno Príncipe e Iguaçu comemora o êxito do 50º implante realizado, ocorrido no último fim de semana. Pioneiro no Paraná, o Hospital Iguaçu começou a realizar, em junho de 2006, a cirurgia de implante coclear, estabelecendo uma rotina médica. Antes disso, apenas uma cirurgia havia sido realizada na cidade, na década de 90, durante um simpósio. Desde então, o procedimento é a esperança para quem perdeu a audição por algum problema ou também para quem nasceu com a deficiência.
“A cirurgia de implante coclear pode ser indicada tanto para adultos quanto para crianças maiores de um ano de idade que apresentem surdez profunda, ou seja, não ouvem nada e que não tenham benefício com aparelho auditivo tradicional. A reabilitação da criança é mais rápida, pois, geralmente, a cirurgia é indicada quando ela está aprendendo a se comunicar com o mundo ao seu redor” - afirma o cirurgião otorrinolaringologista Maurício Buschle, chefe da equipe multidisciplinar de implante coclear do Hospital Iguaçu.
“A alegria que nós estamos sentindo por termos atingido esse número significativo de implantes é muito grande, porque a deficiência auditiva profunda cria grandes dificuldades de comunicação ao indivíduo na sociedade. A partir do momento em que você o insere no grupo dos ouvintes ele ganha mais qualidade de vida, por ter mais facilidade de comunicação” – completa Lauro Alcântara, médico chefe do Serviço de Otorrinolaringologia do Hospital Pequeno Príncipe.
O implante
A cirurgia é bastante simples e o implante coclear consiste em inserir na parte interna do ouvido um dispositivo eletrônico, composto por um grupo de eletrodos e um aparelho receptor. Por fora, colocado atrás da orelha, fica a parte que processa a fala, com um microfone e a bateria. O implante substitui a função da cóclea, importante órgão do ouvido que codifica os sons, transformando os sinais sonoros em impulsos elétricos, fazendo com que o paciente possa ouvir. A comunicação entre os componentes externo e interno é realizada através de ondas de freqüência transmitidas pela pele intacta (percutâneo).
Cerca de um mês após a cirurgia, é necessário ativar o aparelho. Esse procedimento consiste na colocação da parte de fora do aparelho e do ajuste e mapeamento, que é feito por meio de programa de computador, com a ajuda de uma fonoaudióloga. Após a cirurgia, o paciente terá que ser submetido a sessões de fonoaudiologia por um período que varia de seis meses a dois anos, com duas consultas semanais.
A equipe conta com sete médicos otorrinolaringologistas e sete fonoaudiólogas trabalhando juntos pelo bem estar do paciente com deficiência auditiva e candidato a futuro implantado, contando ainda com uma psicóloga especialista em deficiência auditiva e implante coclear. Além disso, o Pequeno Príncipe possui toda a estrutura hospitalar de procedimentos mais complicados com auxílio de várias especialidades médicas e afins, incluindo a assistência social.
Credenciamento
Além dos 50 pacientes que já dispõem do “ouvido biônico”, a equipe de implante coclear dos hospitais Pequeno Príncipe e Iguaçu já tem 56 pacientes esperando liberação dos convênios para serem implantados nesse ano, embora não haja nenhum tipo de ajuda oficial e muitas vezes os custos do procedimento, materiais e reabilitação tenham que ser absorvidos pela equipe.
Também por isso o Pequeno Príncipe está solicitando o credenciamento junto ao SUS, o que permitirá também à população de baixa renda o alcance dos benefícios de poder voltar a ouvir.
Fonte: Clique Aqui
Médicos implantam 50º "ouvido biônico" em Curitiba
In Cirurgia, In Implante, In Ouvidosábado, 18 de abril de 2009
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