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Tecnologia de celular leva som a surdos

terça-feira, 21 de abril de 2009

Feira de audiologia mostra aparelhos capazes de eliminar ruídos em conversas pelo telefone e nas salas de aulas
Ana Paula Pessoto
Coloridos, discretos, design moderno, resistentes à água e o melhor: capazes de acabar com os ruídos. Essas são as principais características dos aparelhos e das novas tecnologias apresentadas na feira do 24.º Encontro Internacional de Audiologia, que começou sábado e segue até hoje na Universidade do Sagrado Coração (USC), em Bauru.

A Fhonak apresenta o Icom, um dispositivo pequeno que pode ser pendurado no pescoço e escondido embaixo da roupa, o que nem precisaria ser feito pela beleza e design do aparelho. De acordo com a fonoaudióloga Lia Hoshii, o portador de deficiência auditiva pode conectar-se com qualquer outro dispositivo de áudio sem fio como TV, rádios e celulares, desde que o aparelho possua a tecnologia bluetooth.

No caso de celulares, o telefone toca e a pessoa ouve um bip. Então, aperta o botão do Icom e a voz de quem está ligando vai direto para o seu aparelho de ouvido. “Ele nem precisa tirar o celular do bolso. É só falar que o dispositivo transmite sua voz para o celular”, diz Lia.

Antes, a pessoa com deficiência auditiva precisava colocar o celular no ouvido e o som não chegava direito por causa dos ruídos externos. Com a nova tecnologia, o som é capaz de chegar limpo e muito nítido.

Foi pensando em acabar com esses chiados que tanto atrapalham a comunicação de quem tem dificuldades para ouvir, que o sistema de FM foi criado pela Phonak. A distância entre o ouvinte e a pessoa que está falando gera ruídos, o que atrapalha, e muito, a compreensão do ouvinte com deficiência. Esse sistema capta o som que a pessoa deseja escutar e o leva até o aparelho auditivo ou implante coclear, onde o som é amplificado. Funciona como um microfone sem fio para o paciente. Uma peça chamada receptor é conectada no aparelho do ouvinte que entrega um transmissor para a pessoa que vai falar. Então, a pessoa fala e o som dela vai direto para o aparelho auditivo ou implante coclear do paciente.

A fonoaudióloga Michelle Queiroz explica que esse tipo de tecnologia tem como principal indicação o uso em sala de aula, onde os ruídos são mais altos que a voz emitida pelo professor. O microfone ainda pode ser adaptado em um aparelho de TV, som ou MP3. Ele é sem fio e funciona até 30 metros de distância entre quem fala e quem ouve.

O AS208 é uma outra atração da feira. Aparelho da marca Audibel, portátil e prático, é voltado à audiologia ocupacional, ou seja, destinado para avaliações da audição de funcionários. O equipamento é o menor do mercado e funciona com baterias, ao contrário dos convencionais que necessitam de energia elétrica.

Implante

Bauru é uma das cidades pioneiras no implante coclear, feito no Hospital Centrinho, da Universidade de São Paulo (USP). Trata-se de um dispositivo eletrônico que reabre as esperanças de pessoas com grande perda de audição e que não tiveram sucesso com aparelhos auditivos. Uma peça é inserida, cirurgicamente, dentro da cabeça e uma outra, o processador de fala, é conectada na orelha.

Os resultados do implante dependem dos pacientes e da experiência que tiveram antes.

Eliane Souza é fonoaudióloga e explica que, se um bebê, que já nasceu com deficiência auditiva fizer o implante com um ano de idade, vai ter um resultado muito bom, provavelmente vai ouvir como uma criança sem problemas de audição. “Um adulto que não ouve, por acidente ou doença, vai ter um desenvolvimento bom também. Mas se for uma pessoa que nunca ouviu e não teve contato com aparelhos auditivos, o desenvolvimento dela será mais limitado”, explica.

Inclusão Social

A Solar Ear criou aparelhos auditivos recarregáveis e analógicos de baixo custo e de boa qualidade pensando na inclusão digital. De acordo com Cibelly Saboya, fonoaudióloga, os produtos são produzidos por pessoas com deficiência auditiva e os aparelhos são baratos e de ótima qualidade. “A idéia é incluir os surdos no mercado de trabalho e tornar os aparelhos acessíveis a pessoas de baixa renda”, diz.

Os recarregadores e as pilhas da Solar Ear começarão a ser comercializados em julho deste ano, enquanto os aparelhos auditivos, em outubro, inicialmente em São Paulo, mas a empresa tem planos de estender o projeto para todo o País e América Latina.

Uma pilha custará R$ 4,00, com duração de 2 a 3 anos. O carregador, incluindo duas pilhas, poderá ser adquirido por R$ 60,00. Já o aparelho digital será vendido por R$ 300,00, enquanto o analógico chegará ao mercado por R$ 200,00. Um aparelho auditivo custa hoje, em média, R$ 5 mil.

Fonte: Clique Aqui

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