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Programa de Disfagia completa tratamentos oferecidos pela APAE

domingo, 25 de julho de 2010

Em 2006, o médico voluntário Dr. Hedinaldo xxx, junto a alguns profissionais do ambulatório da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) de Indaiatuba, sentiram a necessidade de criar um programa que pudesse atender os pacientes que apresentassem dificuldade na deglutição dos alimentos. Desde então, todo paciente atendido pela entidade e que possui Disfagia (nome dado para a dificuldade de processar os alimentos) é encaminhado aos profissionais multidisciplinares que participam do Programa de Disfagia.

A Disfagia não é uma doença, e sim uma alteração na deglutição, que surge em decorrência de outras causas, doenças ou traumas (como refluxo, acidentes, internações, entre outros), que se não tratada pode causar a morte por diversas decorrências, como por pneumonia e parada cardíaca devido à broncoespasmos.

A Disfagia pode ocorrer em três fases: fase oral, fase faríngea e fase esofágica. “Na fase oral o paciente pode apresentar falta de dentes e deformidade na cavidade bucal. Já na fase faríngea, a alteração vem de não ter sensibilidade muscular e a última fase é uma fase mais clínica e não terápica”, explica a fonoaudióloga Flávia Nascimento Klavin, uma das profissionais que fazem parte do programa.

A fonoaudiologia é o pilar do tratamento da Disfagia, mas os resultados são otimizados com a participação de outros profissionais. Na APAE fazem parte desse programa as fonoaudiólogas Pamela Manchando Pereira e Flávia, a assistente social Elvenice Alves de Souza, a terapeuta ocupacional Cíntia de Camargo Barros, o psicólogo Eliel de O. Batista, o fisioterapeuta André Luiz Guimarães, a dentista Luciana Mori e o otorrinolaringologista Hedinaldo xxx.

Cada criança que é atendida pela instituição passa por uma avaliação com todos esses profissionais, e ainda pela neurologista da instituição, Sheila Z. Kibrit, e cada um faz seu diagnóstico. “A assistência social entra no programa para acompanhar a dinâmica familiar e identificar as necessidades sócio-econômicas, encaminhando-os para os benefícios do governo, para a rede pública de saúde, agendando transportes, além de conseguir cadeira de rodas e de banhos, específicas para cada deficiência”, explica Elvenice.

Depois desse primeiro contato, o paciente é encaminhado para o Hospital Ceslo Pierro em Campinas para a realização de exames feitos pelo Dr. Hedinaldo e acompanhados pela fonoaudióloga Pamela. “Fazemos dois exames complementares aos diagnósticos feitos na APAE. O primeiro é a Videoendoscopia, no qual conseguimos ver como a estrutura que trabalha na deglutição está. Se necessário realizamos a Videofluoroscopia da Deglutição, que é feita em sala de Raio X, em que é possível acompanhar todo o percurso que o alimento faz”, esclarece Pamela.

Como a família é muito importante para o sucesso de qualquer tratamento, a psicologia entra no Programa de Disfagia. “Faço atendimentos individuais com os cuidadores das crianças, e também grupos didáticos com as fonoaudiólogas. É difícil para um pai e para uma mãe entender que seu filho não pode comer qualquer coisa, e que em alguns casos terá que ser alimentado através de sonda. O psicólogo precisa trabalhar muito bem a estrutura familiar”, acrescenta Batista.

Como todas as especialidades são importantes no tratamento da Disfagia, a fisioterapia e a terapia ocupacional tem fundamental papel durante o período, como explica Cíntia. “Além de aplicar exercícios, temos que avaliar a postura da criança quando ela se senta, se a cadeira de rodas é adequada, como que seu pescoço fica enquanto é alimentada, entre outros fatores externos que podem influenciar no tratamento”.

Por essa razão, o fisioterapeuta Guimarães explica que no Programa de Disfagia sua função é de realizar a fisioterapia respiratória. “Trabalho bastante com alongamento e adequação postural. A postura é fator determinante para a manutenção e melhora da alteração da deglutição”, completa o profissional.

Como o paciente é atendido no total, a estrutura bucal é analisada com atenção pela dentista da APAE. “A Disfagia pode ter seu quadro agravado se falta um dente na estrutura da boca, assim como uma mastigação errada, e até mesmo hábitos alimentares errados”, fala Luciana.

Toda segunda-feira é reservada para que os profissionais atendam os pacientes inseridos no Programa de Disfagia. “Da 13h às 14h eu e o psicólogo participamos do Grupo de Orientação ao Cuidador, onde todas as dúvidas que são sanadas de forma simples e didática. Das 15h às 16h, quando há necessidade, eu, a terapeuta ocupacional, o fisioterapeuta, e se necessário a dentista, realizamos visitas as casas dos pacientes. E por último, das 16h às 17h30 são feitos os atendimentos, sempre visando melhorar a qualidade de vida das crianças”, finaliza a fonoaudióloga Flávia.



Fonte: Clique Aqui

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