O ouvido humano é um órgão altamente sensível que nos capacita a perceber e interpretar ondas sonoras em uma gama muito ampla de frequências (20 a 20.000 Hz).
O melhor entendimento da audição e da perda auditiva começa com a compreensão de como escutamos.
O ouvido tem um papel importante na comunicação e no equilíbrio do corpo e constitui-se basicamente de três partes principais:
O ouvido externo: inclui a parte externa do ouvido, a orelha, que recolhe e conduz as ondas sonoras pelo canal do ouvido externo até o tímpano, que então vibra.
O ouvido médio: contém o tímpano e três ossinhos que transmitem vibrações do tímpano para o ouvido interno.
O ouvido interno: é cheio de líquido e contém a cóclea, que converte as vibrações do ouvido médio em impulsos nervosos. Estes são transmitidos ao cérebro pelo nervo auditivo. O ouvido interno também contém o labirinto, que controla o equilíbrio do corpo.
As ondas sonoras são recebidas pelo ouvido externo e conduzidas através do canal auditivo, até o tímpano.
A captação do som até sua percepção e interpretação é uma seqüência de transformações de energia iniciando pela sonora, passando pela mecânica, hidráulica e finalizando com a energia elétrica dos impulsos nervosos que chegam ao cérebro.
Causas da perda auditiva
Deficiência auditiva é a redução ou perda total da audição, provocada geralmente por traumas mecânicos (acidentes de trânsito, perfuração por objetos enfiados dentro do ouvido, etc), pela exposição a barulho excessivo e por doenças congênitas ou adquiridas.
Na maioria dos casos a perda auditiva é gradual e indolor, muitas vezes desenvolvendo-se tão lentamente que quase não se nota.
A perda de audição na infância:
As crianças merecem uma atenção especial. É muito importante observar se a criança reage a sons, responde quando é chamada, fala muito alto, aumenta muito o som da televisão, tem dificuldade de aprendizado e demonstra falta de atenção.
Estes sintomas muitas vezes estão relacionados com problemas auditivos. Ao perceber um ou mais destes sintomas procure imediatamente um profissional da área. Hoje existem sofisticados exames para detecção precoce da perda auditiva, que podem ser feitos na própria maternidade.
Sintomas da perda auditiva
- Dificuldade para escutar em reuniões públicas, salas de concertos, teatros, local de trabalho, etc. - onde as fontes de som estão longe do ponto de escuta.
- Dificuldade para escutar a televisão e/ou telefone.
- Dificuldade para entender a conversação em um grupo de pessoas.
Os indivíduos afetados por uma perda auditiva freqüentemente desenvolvem formas para tentar ouvir melhor em situações difíceis.
Essas formas incluem:
- Pedir aos outros que repitam as falas.
- Virar a cabeça de lado direcionando-a para os sons ou para quem está falando.
- Elevar o volume da TV, rádio ou equipamento de som.
- Evitar reuniões sociais.
- Fingir entender a mensagem recebida.
Teste para detecção de perda auditiva
Se há suspeita de perda auditiva, deve-se fazer uma consulta com um médico otorrinolaringologista. Ele solicitará alguns exames, entre eles a audiometria. O exame é indolor, cômodo e seguro. Consiste basicamente em responder a algumas perguntas sobre a saúde auditiva, reconhecer algumas palavras comuns em diferentes níveis de volume e identificar sons diferentes. Sua capacidade para escutar diferentes tons ou freqüências produz uma curva auditiva única que é registrada em um audiograma. O profissional utiliza esse audiograma para determinar o tipo e grau da perda auditiva.
Tipos de perda auditiva
DEFICIÊNCIA AUDITIVA CONDUTIVA: Qualquer interferência na transmissão do som desde o conduto auditivo externo até a orelha interna (cóclea).
DEFICIÊNCIA AUDITIVA SENSÓRIO-NEURAL: Ocorre quando há uma impossibilidade de recepção do som por lesão das células ciliadas da cóclea ou do nervo auditivo.
DEFICIÊNCIA AUDITIVA MISTA: Ocorre quando há uma alteração na condução do som até o órgão terminal sensorial associada à lesão do órgão sensorial ou do nervo auditivo.
DEFICIÊNCIA AUDITIVA CENTRAL, DISFUNÇÃO AUDITIVA CENTRAL OU SURDEZ CENTRAL: Este tipo de deficiência auditiva não é, necessariamente, acompanhado de diminuição da sensitividade auditiva, mas manifesta-se por diferentes graus de dificuldade na compreensão das informações sonoras. Decorre de alterações nos mecanismos de processamento da informação sonora no tronco cerebral (Sistema Nervoso Central).
Ajuda para o deficiente auditivo:
Aproximadamente 10% das perdas auditivas podem ser ajudadas clinicamente.
Graças aos numerosos avanços tecnológicos atuais, é possível ajudar a quase totalidade dos 9 restantes com a utilização de aparelhos auditivos.
Há diferentes modelos de aparelhos auditivos disponíveis para diferentes graus de perda auditiva.
Apoio da família
Aprender a escutar com a ajuda de aparelhos auditivos requer um período inicial de adaptação, tanto por parte do usuário como por parte dos que o cercam.
Devido ao fato de que os aparelhos amplificam todos os sons, o usuário deve aprender novamente a filtrar e eliminar os sons indesejáveis, tal como acontece no processo normal de audição. A paciência é importante nas primeiras etapas. Lembre-se que, da mesma forma que uma perda auditiva é usualmente gradual, pode tomar tempo para acostumar-se com os sons novamente proporcionados pelo aparelho auditivo. O usuário começa a responder aos aparelhos em curto período de tempo e recupera a habilidade natural de perceber tanto a direção como o significado dos sons.
Fonte: C.A.S. Produtos Médicos
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